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Aliança entre muito capital e pouco trabalho!
OPERAÇÃO SANTA TEREZA 08/06/2008 15:24E-mail prova laços antigos entre Paulinho e BNDES
Agência Brasil
O deputado Paulinho da Força
Um e-mail capturado pelos peritos da Polícia Federal, datado de 26 de janeiro de 2005, faz um laço de mais de três anos entre o esquema de desvio de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força.
A mensagem, enviada por Marcos Mantovani, da Progus Consultoria, ao lobista e então conselheiro do banco estatal João Pedro de Moura informa que Gaspar (supostamente José Gaspar, vice-presidente do PDT paulista) “achava importante” apresentar o esquema da consultoria a Paulinho.
A Progus cobrava uma “taxa de sucesso” sobre financiamentos concedidos pelo BNDES e, segundo os federais, repartia o valor entre os envolvidos na liberação da verba. É o que Mantovani descreve, em outro e-mail obtido pela PF, como “um esquema de parceria típica de negócios e política”, no qual explica a sistemática da atuação da consultoria a um suposto funcionário.
Para comprovar a relação entre o parlamentar e os negócios praticados pela Progus, os federais lembram que foram encontradas, na sede da empresa, planilhas com referências a Paulinho e Gaspar. E ressaltam que, segundo conversa grampeada do réu Manuel Fernandes de Bastos, o Maneco - que é dono da casa de prostituição WE Original e está foragido -, os dois cobravam “custo político” para obter verbas do BNDES. Segundo a PF, Paulinho teria recebido mais de R$ 100 mil por três operações do banco estatal.
A mensagem que aponta o laço de mais de três anos entre o deputado e Mantovani, e pede para o lobista Moura “agitar” um encontro, é apresentada no “Relatório de Inteligência Policial - Deputado Paulinho - ‘PA’”, da PF.
O documento tem 89 páginas e relaciona ainda outras mensagens eletrônicas com teor semelhante, corroborando que houve continuidade nos contatos entre o deputado e o consultor, incluindo o período de negociação e liberação das verbas para a Prefeitura de Praia Grande (R$ 123 milhões) e as Lojas Marisa (R$ 81,4 milhões), que estão sob suspeita.
Da Agência Estado
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